Brasis

Ontem foi a abertura das Noites do Palácio- uma série de concertos ao ar livre ,no jardim do Palácio de Cristal durante o verão. Sucessivamente,esta iniciativa trouxe e revelou inumeros músicos(ainda que não deva ser confundida,com os Ritmos do Mundo,mais eclético ). O convidado de ontem era Tom Zé- nome associado ao início do tropicalismo no Brasil,tumulado vivo, redescoberto por David Byrne e sua editora nos anos 90. Vanguardista,intelectual,subversivo,genial são vários os adjectivos que utilizamos para designar e tentar abarcar a imensidão da criação de Tom Zé. E por uma vez,não são palavras vãs esvaziadas de significado,mas sim incompletas perante a natureza do artista que resiste a moldar-se,a acomodar-se; realidade dura do Brasil onde vive como jardineiro (com um salário minímo),aclamado no exterior é um exemplo vivo dessa enorme ( porém bela) contradição que se chama Brasil.

La Fura em quatro tempos

Xarxa 25-La Rede

kids playground

tranquilo,tranquilo

o início da jornada

Yo soy una furera

no todos los dias.nada es verdad por todo el tiempo. pero,la mujer que morría de miedo del cielo a aprendido a volar . Gracias,Fura dels Baus!

Luto

Hoje acordei sobressaltada.Acordei com a notícia da morte de Àlvaro Cunhal. Nunca consegui digerir a morte,verbalizá-la,quanto mais aceitá-la. outro dia entendi o porquê quando o ensaísta Eduardo Lourenço resumia tudo na frase "a morte não é pensável". parece-me sempre uma mentira de primeiro de abril,uma piada de mau gosto. e a morte tem tantas faces...a face da dor de amigo que perdeu álguem... a face da perda de álguem com quem convivemos através das obras...mas hoje,a morte tem para mim a face de Àlvaro Cunhal. Àlvaro Cunhal foi para álem de uma figura ímpar na história de Portugal,e do Mundo ,como todos os líderes o são,foi alguém que consciente,ou não teve um impacto determinante na vida de inúmeras pessoas. Aquilo que sou, aquilo em que creio, a forma de estar e de entender o mundo deve muito a esse homem,que nunca cheguei a conhecer pessoalmente. não vou traçar aqui o retrato histórico-político do homem(tarefa que relego para os jornalistas e políticos). mas apenas dizer em voz alta: hoje o meu mundo ficou mais pobre.mais triste. mais vazio. Até sempre,camarada

Em Cena

boas razões para ver teatro www.aoficina.pt

Post patrocinado por Lauro António

Hoje,á noite três filmes magnifícos ( dois em casa,considere-se abençoado). "América Proibida" que aborda a problemática do racismo( em concreto o nazismo) revelou um actor extraordinário -Edward Norton. Um filme crú sobre a natureza do mal ; obrigatório . sim ,é uma repetição mas urge revê-lo por vários motivos: pela crescente onda de xenofobia que grassa na europa,pelo reavivar do nazismo( num tempo em crise de ideologias,os extremos são os lugares mais confortáveis para buscar apoio). Como se não bastasse,é inteligente,bem dirigido e com ótimos actores. "All good Fellas"-Robert De Niro,Ray Liotta,Joe Pesci . Scorcese no seu melhor. Para mafia-viciados:) "On connait la chanson"-Alain Resnais Inserido no ciclo Cinema Fora de Sitío-hoje,Quartel da Lapa ás 22h e 30.

What do you get when you fall in love?

Elvis Costello and The Imposters-Coliseu Lisboa, 11 Junho, Coliseu do Porto-12 de Junho

Heróis

Do escritor que nunca permaneceu em mim,restaram as noites longas, as horas tardias ,a reclusão e à falta de cigarro,café. Bebo potes de café.Sou capaz de discursar horas a fio sobre a inalterabilidade-qualidade -buondi por oposição á susceptibilidade-do-segafredo -nas mãos -do empregado-de café. à trivial pergunta"vai um cafézinho?" respondo sempre que sim,para em seguida mirar ansiosamente os toldos do café; e subtilmente alterar os planos . Por todas essas razões ,e por outras que nada têm a ver com isto ,este é o meu herói: Too Much Coffee Man. www.toomuchcoffee.com.

Fureros,precisam-se

saiba tudo em www.imaginarius.pt

festival imaginarius 2005

Giroflé,ou a razão do teatro ser o lugar da poesia por excelência

Giroflé-Circolando

Giroflé

Foi bonita a festa,pá

O fim-de-semana em Serralves foi um sucesso... Apesar dos contras habituais: excesso de gente( será que podemos mesmo reinvindicar isto,quando temos um défice habitual de público ?)alguns comportamentos indelicados( como é possível que tanta gente tenha abandonado a sala onde actuava o Teatro Nacional São Carlos) é absolutamente retemperador passear pelos espaços de Serralves e por todo o lado ver poesia em movimento. Nas mãos e nas bocas dos actores, dos músicos,marionetistas, malabaristas . A arte ainda é a melhor via para a felicidade.

40 horas non-stop

Após o enorme sucesso do ano passado,Serralves repete a festa este ano. São mais de cinquenta eventos,entre música,circo,instalação,performance,teatro,oficinas,debates,percursos,visitas,exposições,etc... Artistas Unidos,Teatro Nacional São João,Teatro Regional da Serra de Montemuro,Esmae,ACE,Panmixia,Balleteatro,Jerôme Bel,Matilde Monnier,Teatro São Carlos,Drumming,solistas do Ensemble,Mingus Big Band,Àlvaro Siza...e tantos outros. Junte-se á festa! saiba tudo em:www.serralves.com

Party time:)

Lugar

Gosto disto. gosto daqui. angústias cibernéticas: onde fica a terra dos acentos? ás vezes o teclado come-os como se fossem sopinha de letras. escrevo o que penso ou penso no que escrevo? como se ouve a música que só escuto dentro de min? Ah,quem me dera ser gente grande.

joão brites

Contadores de Estórias-Junho

autor: Luis Bernardo Honwana Dramaturgia e Encenação :Alberto Magassela Canto e Movimento:Rogério Boane Operador de som:Amandio Nhia Elenco:N´Wantiny Nicolau,Cláudio Micas,Denise Camal,Joana Plácido,Leonel Aires,Lucas da Graça,Márcia Ricardo,Rogério Boane Acompanhamento artístico do projecto: Mário Moutinho Rivoli dia 1 Majesttic dia 08 Guarany dia 15 Fnac dia 22 De entrada livre e consumo recompensado.

Máquinas de Cena

Amanhã, lançamento na Fnac de Sta Catarina da obra "Máquinas de Cena" -que se debruça sobre a cenografia d`O Bando - João Brites e outros autores. Um documento importante para compreender o legado(vivo) de inventividade,mas sobretudo teatralidade( no mais amplo sentido da palavra)desta companhia e sobretudo de João Brites, que povoa as mais belas memórias de teatro que possuo. Resta relembrar,que para álem do extraordinário trabalho sobre a oralidade,dramaturgia,fisicalidade, para álem de um continuado e genuíno dialogar com o público , e uma relação muito particular com o espaço envolvente ( a quinta do Bando é visita obrigatória)a cenografia é peça fulcral na criação do trabalho do Bando(contaminado pela dinãmica plástica de Brites). Não perder: "Máquinas de Cena"-exposição fitei,campo 24 de agosto (metro)

I´ve always depended on the kindness of strangers

Avenida dos Aliados. Praça deserta. Greve 24h.Passar em revista o dia, a noite, o amor. E de repente a carteira desaparece...e com ela dinheiro,identidade... um gentleman, oferece-me um bilhete de metro para evitar uma caminhada de quase uma hora de retorno a casa.