terça-feira, fevereiro 26, 2008

O caso de Alice ou a cobardia dos insultos anónimos

O plágio, ou roubo de ideias foi sempre uso comum nas artes. há o plágio benéfico, contaminação voluntária ou não a partir do que vemos, ouvimos e lemos . depois há a desonestidade intelectual. já tive vários casos , e optei sempre por calar ou comentar com aqueles que me são muito próximos, porque nestes casos as provas são de difícil consistência. mas depois de ter recebido dois comentários provocatórios acerca do meu trabalho na Salta- Folhinhas, e cuja procedência eu poderia adivinhar mas a capa da cobardia ,sob o anonimato não mo permite dizer com propriedade , resolvi esclarecer neste espaço que é MEU,o caso de alice. Em 2007 , recebi um mail de uma colega , amiga que muito prezo: a Tânia Silva da Tricontando, a anunciar uma maratona de contos na Salta- Folhinhas. Resolvi visitar o espaço, conhecê-lo e levar o meu cv para uma possível colaboração futura. disse que não era contadora de estórias, mas gostaria de me propor o desafio. Ficou acordado que passaria em Janeiro , para ver a maratona e falar mas calmamente. Gostei do espaço , da dinâmica e da dona da loja e voltei em data combinada com três propostas: O Chà da Alice- recriar o ambiente da Alice , da cena do chá, numa festa de carnaval onde os miudos e graudos iriam vestidos como saidos de um livro. Cada sessão teria um lanche e um convidado que realiziria uma actividade inspirada na Alice , a primeira foi Doces Sem Fogão- culinària para crianças. O cenàrio/instalação eram duas chàvenas que serviam para rolar , sentar , um espelho de feira , uma cadeira gigante . Ensinaram-se duas receitas (doces e salgados) para umas trinta crianças e uma proposta não chegou a acontecer: partilha de estórias ( o bravo Rui contou-me uma:) A ideia era que os pais levassem a estória favorita dos filhos e em grupo, iria incentivà-los a contarem uns aos outros. Perderem o medo de assumirem o papel do narrador. Para àlem disso o chá era constituido por diversos, bolo, beijinhos, fondue de chocolate, etc... Houve de facto um investimento : tempo, dinheiro , que o orçamento que auferimos nem sequer justifica: 80 euros. mas fizemo-lo por brio, por gosto, por querermos investir em futuras acções. Desde logo, a lotação foi ultrapassada , os bilhetes vendidos a um preço irrisório ( dois euros , muito abaixo duma comum leitura de estórias) e a Teresa , dona da loja , preferiu fazer reparos de um ou outro pai descontente com a falta de estórias. Da minha parte, e as fotos provam vi crianças soltas, contentes, num espaço modificado numa festa que durou duas horas!!! Tinha então agendado para Abril uma oficina de expressão dramática, a partir de estórias ( conceito que pensei propositadamente para fazer a ligação entre o olocal e o workshop, variando da fórmula habitual) ; e para Março uma sessão de poesia. Qual não é o meu espanto, quando vejo agendada para Março uma oficina idêntica " nada se cria, tudo se copia" com Clara Haddad, colaboradora habitual da Salta-Folhinhas. Não acredito em coincidências. E por isso, procurei esclarecer a situação , junto de quem acordou as coisas comigo. Dado as respostas que obtive resolvi suspender toda e qualquer colaboração . Uma hora depois, encontro os tais comentários que abaixo transcrevo ( não foram publicados, pq aqui dà-se a cara , como eu o faço ). Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "Procura-se produtora de teatro- urgente": Faltou o Chapeleiro Maluco e a história para que o espectáculo resultasse, mas salvou-se, graças aos docinhos Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "momentos do chá 2": ONDE PÁRA A ALICE!!! O QUE SALVOU FORAM OS DOCINHOS espero que esta estória sirva de aviso para colegas da profissão, que como eu vivem do seu trabalho , a duras penas e em tempos politicamente correctos não só são plagiados/usurpados nas suas ideias como desrespeitados. da minha parte, prossigo de cabeça erguida, orgulhosa do meu trabalho com a Alice a crescer, a melhorar e em digressão pelo país :)

2 comentários:

Clara Haddad disse...

Renata,
É com muita surpresa que leio um comentário tão absurdo quanto esse!
Não preciso copiar absolutamente nada de ninguém...mesmo pq tenho capacidade profissional e formação suficiente para criar as minhas próprias coisas e projectos.
Para além disso tenho honestidade e ética para com as pessoas e se me conhecesse ao mesmo um pouquinho saberia muito bem disso...mas não me conheces! e o pior me julga por algo que nem sei o que é.
Antes mesmo de atirar pedras deveria saber os reais factos e não ser leviana a ponto de denegrir a imagem dos outros pq vc acha que aconteceu isso ou aquilo outro.
Se vc se der ao trabalho de ir ao meu Blog verá que a minha oficina de março é a mesma que dei em julho do ano passado..portanto é só juntar os fatos e ver que ninguém copiou ninguém...apenas irei repetir meu trabalho com a mesma honestidade de sempre...não preciso passar a perna em ninguém nem tentar ser chico esperto pq isso não faz parte de mim...e não preciso disso mesmo...acho que isso é pra quem não em talento nenhum e não se segura na profissão e precisa roubar coisas dos outros pra poder ser alguém.
Não sei o que de facto aconteceu mas antes de escrever algo deveria ao menos ter a postura de falar comigo e saber o que de facto ocorreu..
De qualquer forma espero que as coisas se resolvam...quanto a mim não tenho problemas em relação a vc pq mal a conheço.. sinceramente acho que deves apurar os factos e saber as coisas correctas e não sair por ai falando a sorte as coisas que vão na cabeça sem ter o mínimo de noção se é verdade ou não o que anda a falar.

renata portas disse...

Olá Clara
eu vi o seu blog , e sei tb do workshop do ano passado que não era idêntico ao deste ano.
novidade para voçê: tb me espantou muito que com o currículo gigante de sua página, o plágio fosse mesmo verdade.
contra factos , não há argumentos.
uma boa ideia sempre faz jeito.
vc têm razão , sem a conhecer eu sempre a tratei com respeito , fui vê-la, propus me a passar contactos, etc...ao contràrio de voçê que ficou na soleira da porta e nem entrou para cumprimentar.
de qualquer das formas, se voçê leu com atenção o texto, a menos que seja voçê a autora dos comentários idiotas, não se sinta ofendida.
não vou perder meu tempo com brigas.