domingo, outubro 26, 2008

terça-feira, outubro 14, 2008

Workshop com João Brites

Workshop “Dilatação do Tempo Presença” Com O Bando Coordenação de João Brites Vale de Barris, Palmela 7 a 9 de Novembro de 2008 (Turma 1) 21 a 23 de Novembro de 2008 (Turma 1) Em 2008, o FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa continua a proporcionar um programa de formação artística destinada especificamente a elementos de grupos de teatro universitário. Seguindo o trabalho desenvolvido por João Brites nos últimos anos, referente à consciência do actor em cena, este Estágio debruçar-se-á sobre a primeira das etapas desse processo, a Dilatação do Tempo Presença. Este vocabulário cénico tem sido elaborado a partir do trabalho com os actores e parte da percepção do espectador. Nesse sentido, não se trata de um trabalho de laboratório mas de um processo sempre conduzido em função do que pode ou não ser apreendido pelo público. Estágio de três dias com estadia e refeições incluídas. As sessões de trabalho serão coordenadas por João Brites, mas envolverão outros membros da Direcção Artística de O Bando. PARA MAIS INFORMAÇÕES> Reitoria da Universidade de Lisboa - Divisão de Actividades Culturais e Imagem da DSRE Telefone 21 011 34 06 | E-mail fatal@reitoria.ul.pt | www.fatal.ul.pt http://fatalnosbastidores.blogs.sapo.pt nota pessoal: em 2003 tive oportunidade de conhecer e participar num workshop com o Bando e João Brites. Mais tarde repeti a experiência. mudou -me mais do que qualquer outra coisa que tenha feito. direccionou-me, fez-me pensar, acreditar em mim e ao mesmo tempo duvidar, questionar, sempre e determinou muito da minha forma de estar no teatro. oportunidades destas são raras...

domingo, outubro 05, 2008

O pranto de maria parda, uma lição de teatro

Ontem à noite, na estreia do Festival Cómico da Maia, apresentou-se o espectáculo " O pranto de Maria Parda" , Gil Vicente, interpretado por Maria do Céu Guerra. No final, houve uma conversa com a actriz , com os presentes e tive o prazer de , munida de coragem , ir cumprimentá-la aos bastidores. tudo que se possa dizer ou escrever é supérfluo, e ínfimo. quando se assiste a um milagre teatral, lembra mo-nos que tudo começa e termina no actor. que esse é o maior dos mistérios. que o encenador, papel que tenho desempenhado mais frequentemente ( e com extrema felicidade) sonha mundos,engendra-os, persegue-os. mas o actor habita-os . e porque sabemos , que o teatro pode ser um milagre, o mais humano de nossos espelhos ( e o mais falho) sofremos dilacedaramente quando tal não acontece. e lançamos impropérios, queixumes, vitupérios. por vezes perdemos o norte , ou a razão desta profissão. e , numa noite igual a outras tantas, numa sala repleta de público atento dá-se o milagre da suspensão ( do tempo, espaço, da vida). e uma Actriz, enorme Fazedora de Teatro deste país (re)lembra-nos que é possível não só sonhar, mas fazer. e quando ouvimos , nas bocas de outros , infinitamente mais sábios que nós , o teatro como missão ou profissão de fé , crítico mas com um brilho no olhar , sabemos que não somos D. Quixote , pregando ao vento. seremos poucos, talvez, dispersos. mas existimos .