domingo, dezembro 20, 2009

pensamentos soltos sobre o teatro e a arte colectiva

Há muito, muito tempo atrás fazer teatro, com todas as agruras inerentes a qualquer ofício era uma suspensão na vida , um intervalo entre empregos forçados, desesperantes.
agora que é cada vez mais matéria constante e presente , com olhos cada vez mais transparentes , sem inocência deparo-me com situações quase diárias que por vezes quase matam o amor ao trabalho.
temos uma classe (afirmação já em si paradoxal) mesquinha , de funcionários ou pseudo-artistas.

exigem contractos e não os assinam , porque não cumprem com reposições;
não entregam facturas a tempo, chegam constantemente atrasados , porque estão divididos em mil e um projectos não se entregando a nenhum de forma completa e dedicada; são incapazes de criar sem a constante hiper- vigilância do encenador.

usam como arma a fofoquice a boca pequena e a ameaça de boicote ao espectáculo ( por isso não assinam contractos).

e têm companhias, empregos, etc...que gente é esta, como pergunta Kafka nos seus contos...

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